A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, defendeu nesta sexta-feira (24/02), na Alemanha, a ampliação do comércio de produtos agrícolas do Brasil para a Alemanha e lembrou que os produtores brasileiros têm condições de oferecer alimentos de qualidade e sustentáveis para esse e outros mercados.
A presidente da CNA reuniu-se hoje, separadamente, com o diretor do Sistema Câmara Alemã de Indústria e Comércio-Setor Agroindustrial, Oliver Parche, e com a ministra da Agricultura, Ilse Aigner. Na reunião, o diretor afirmou que a Alemanha tem interesse em ampliar as importações de produtos agrícolas fornecidos pelo Brasil e lembrou, também, da importância de estimular a cooperação entre esses dois países.
De acordo com a senadora Kátia Abreu, os produtores brasileiros estão prontos para ampliar a parceria comercial e para outras iniciativas. “Estamos preparados para fornecer o melhor alimento em termos de qualidade, sabor e segurança sanitária e ambiental”, ressaltou.
Para a presidente da CNA, a ampliação do comércio depende de uma plataforma de confiança que será construída a partir da reformulação do sistema de defesa agropecuária, modelo que a CNA está elaborando em parceria com o governo brasileiro. Uma das ferramentas desse novo sistema é a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), que reunirá vários dados sobre as propriedades rurais e os produtos agropecuários, garantindo o cumprimento de regras definidas pelo Brasil com outros países por meio de protocolos.
A construção dessa plataforma está sendo feita com recursos privados e o banco de dados será gerenciado pela CNA, conforme delegação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). “Num primeiro momento, só a carne exportada será rastreada. Depois será a vez da carne consumida no mercado interno. Na etapa posterior, todos os vegetais serão rastreados”, explicou.
Em termos ambientais, a segurança, segundo a senadora Kátia Abreu, será alcançada por meio do novo Código Florestal, cuja votação pode ser concluída em março na Câmara dos Deputados. A nova lei ambiental vai garantir segurança jurídica para os produtores, dando condições para que eles cumpram a lei. “É a primeira vez que o Congresso tem a oportunidade de votar uma lei ambiental”, afirmou. A presidente da CNA citou, ainda, o Projeto Biomas, parceria da CNA com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), John Deere e Monsanto. O objetivo do projeto é criar vitrines tecnológicas nos diferentes biomas brasileiros.
Na reunião com a ministra da Agricultura, a presidente da CNA afirmou que o maior desafio da agropecuária brasileira é aumentar sua produtividade, melhorando a inovação tecnológica, com a redução da aplicação de defensivos. Lembrou que o Brasil é um dos únicos países do mundo a manter uma rede de capacitação de produtores e trabalhadores rurais, ações que são desenvolvidas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). O SENAR capacita um milhão de produtores rurais e trabalhadores do campo a cada ano. A senadora Kátia Abreu convidou a ministra para conhecer o trabalho da CNA durante visita que ela fará ao Brasil, no final de agosto.
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